Nómadas do Pensamento – A arte e a criatividade como contestação e resistência

Agir e Bernardino Soares participam na próxima edição de Nómadas do Pensamento, que terá como tema A Arte e a Criatividade Como Contestação e Resistência. A iniciativa tem Pedro Abrunhosa e Paulo Mendes Pinto como anfitriões e se irá realizar no próximo dia 19 de outubro, pelas 21h30, no Auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide.

Nómadas do Pensamento é um conjunto de debates que pretende regressar a temas intemporais, libertos de condicionamentos e espartilhos herdados dos percursos históricos que desde há muito limitaram o debate entre o Religioso, o Espiritual, a Estética e a Filosofia.

A arte e a criatividade como contestação e resistência

Lembrando o ensinamento de Goethe, todos os dias devemos ver um bom quadro, ouvir uma boa música e ler um bom poema. Aprofundando com Nietzsche, um dos mestres da suspeita, “A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar embelezar a vida, portanto fazer com que nós próprios nos tornemos suportáveis e, se possível, agradáveis uns aos outros”. Prazer, sendo estático, ou reativo, assumindo o controle?
Ao longo do século XX, vivemos em constante tensão entre fruição, prazer, e reação, ou luta. Os regimes mais opressores sempre definiram o que era a arte certa e o que era a “arte degenerada”. Nos movimentos mais interventivos afirma-se: “A arte que liberta não pode vir da mão que escraviza”.
Qual o lugar e o papel da arte como forma de criatividade? É prover prazer ou prover de impaciência, inquietude, e conduzir a ser exigente e lutar pela mudança? Ou será que a criatividade, na sua natureza é já irrequieta para ser sempre “degenerada”, incómoda e inadaptada? Qual o lugar do artista, do escritor, do criativo? Participar de um sistema ou levá-lo aos seus limites, criando horizontes utópicos?

➡️ Entrada livre (sujeita à capacidade da sala por ordem de chegada)